sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sem Filtro

Fui um dia desse no Google e digitei: blogger arrested.
Vou antecipar aqui algum dos resultados dessa busca:
Enfim, haviam outros 4,709,995 resultados. O que despertou minha curiosidade sobre o assunto foi o fato de este tema ser cada vez mais comum nos sites de notícias. Destes listados acima, alguns blogueiros foram presos por discordar da política de suas localidades, outros foram presos sem motivos aparentes.

Há censura? Sim, sem dúvidas. Pode haver leis que protejam os direitos de expressão ou leis que simplesmente o proibam de publicar o que vc quiser, onde quiser. Na lista acima há dos dois exemplos: Na Arábia Saudita a censura da internet é uma ferramenta legal, imposta pelo governo, teoricamente, escolhida pela população, cujo propósito inicial é "barrar pornografia, jogos ilegais, venda de drogas e qualquer outra coisa que o governo achar inadequado". Mas na lista acima há também o Reino Unido e França, cujos governos são sustentados sobre os princípios da liberdade de expressão.

Mas a questão que realmente me intriga não são as leis ou suas consistências pelos governos do Mundo. O que me intriga é a tentativa de controle da internet. Milhares de mainframes no mundo todo armazenam todo o tipo de informação: desde textos de blogs até fotos de pornografia infantil. E essa informação está em constante movimento, passeando sem pausa por cabos de fibra-óptica e transistores por cada canto do mundo.

Como fazer para controlar a internet? "Controle", "leis", "filtros" são conceitos que só podem ser aplicados à cultura de quem os cria, para dar direção a comportamentos e consertar o que está errado sobre um ponto de vista. Como se faz isso para internet? Imagino que qualquer censura local (como a da Arábia Saudita ou o Great Firewall of China) contra a internet é algo que não faz sentido. Não há como silenciar cada blogueiro da internet. A informação uma vez na rede, muito provavelmente, ficará lá por tanto tempo quanto a rede existir.

(Na imagem: Blogueira e filóloga cubana Yoani Sanchez presa em Cuba por suas opiniões políticas. Recebeu do presidente estadunidense Barack Obama cumprimentos pelo conteúdo de seu blog Generacion Y)

Imagino que a solução mais plausível para este impasse seria se houvesse um governo único para a Terra. Um consenso mundial do que é bom e ruim, comum para todos os seres humanos. Logicamente é uma idéia utópica no momento, o que mostra que a internet é o maior meio sem dono do mundo. Ao mesmo tempo que é o maior denominador comum entre pessoas do mundo.

Olhando por este ângulo, uma conclusão racional é de que restringir o conteúdo da internet é restringir a humanidade, já que a internet é a soma de grande parte do conhecimento humano. Aumentamos em algumas dimensões nossa percepção de mundo com o advento da internet, restringi-las seria como deixar alguém cego para que não veja as coisas ruins do mundo.

Note que na busca que fiz acima, muitos dos resultados falavam sobre donos de blogs que foram presos por promover a pornografia infantil ou racismo. Justiça ou não, bom ou ruim, essas pessoas que tiveram seus blogs encerrados mostravam faces de como a humanidade realmente é, sem filtro, na veia.


=)

sábado, 7 de novembro de 2009

Comunicação que Liberta, Comunicação que Aprisiona

Estive um tempo viajando, fora do país. Levei meu laptop para manter um pouco de contato com a terra de origem, mandar uns e-mails, descarregar as fotos da câmera e colocá-las online o mais rápido possível. Porém, não encontrei muito tempo para ficar procurando redes Wireless por lá e também nem me interessava muito perder tempo com essas coisas, então fiquei 11 dias praticamente sem internet. Levei também meu celular, mas minha operadora me cobraria um valor que eu não estava disposto a pagar para ter benefícios internacionais, então ele ficou como mp3 player mesmo...

Não me dei grande falta destes dispositivos por esse tempo. E ainda relembrei como usar um telefone público.

Porém, quando voltei pra casa... caixa de entrada lotada, milhares de fotos para serem organizadas, mostradas, N mensagens no celular, etc. Pensei em algumas coisas que me chamaram a atenção:

De fato, esses dispositivos não fizeram muita falta, enquanto estive apenas me divertindo. Foi até bom estar "inacessível" por um tempo. Contudo, quando cheguei e tive de por em dia essas inúmeras como e-mail e SMSs, me dei conta de que não há como fugir de estar conectado. Isso é óbvio para qualquer executivo! Mas eu não sou nenhum pouco executivo, e senti uma diferença drástica no meu modo de vida num intervalo de tempo de apenas 1 semana e meia.

Somos requisitados o tempo todo de viver em redes digitais. E-mails para o contato mais formal, twitts e scraps para chamar os amigos pra sair no fds ou comentar a partida de futebol da semana. Ou até aquela mensagenzinha de celular mandada na inevitável ida ao banheiro.

Poderíamos simplesmente recusar tudo isso!

Mas acredito que seria como um míope se recusar a usar óculos... É possível viver!

Imagine só um grupo de amigos da década de 70, quantas frases eles deveriam ter trocado entre si num intervalo de 10 anos, somando todos os meios de comunicação disponíveis?

Agora, outro grupo de amigos na década de 2000...? Quantas idéias e discussões a mais foram trocadas entre eles com relação ao grupo anterior? As relações com certeza ficaram muito mais rápidas e, consequentemente, mais profundas...

Acredito eu, podemos tirar proveito imenso dessa rapidez e praticidade. Ser pessoas mais pessoais, presentes e humanas. O que muitos estranham é a qualidade da informação trocada por esses meios... Os meios facilitam, mas não são eles que geram a informação: são as pessoas.

E pessoas não se consertam com tecnologia.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Visão do Futuro pela Microsoft

Fiquei fora por um tempo, viajando por lugares interessantes. Ando muito ocupado recuperando o tempo "perdido" na faculdade por causa da viagem, por isso os posts aqui andam escassos. Pretendo retomar a produção o mais breve possível.

Enquanto isso deixo aqui mais algumas coisas interessantes.

Já comentei anteriormente que estamos em tempos exponenciais, que é difícil até de acompanhar as mudanças e novidades que surgem por aí. Apresentei o Milo, o rapaz feito de algoritmos da Microsoft, que interage com as pessoas.

Novamente, a Microsoft anda - como eu - empolgada nesse assunto. Recentemente ela publicou um vídeo de como pode ser o futuro em 2019. Pra quem não viu, valeu muito a pena ver:


É uma especulação, difícil de afirmar, pelo menos é lindo filme! Porém, nem tudo nesse vídeo é completa ficção, a Microsoft já tem na manga o começo do fim do teclado: Surface Computing:


Estou ansioso para 2019!

=)


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Hello Milo!

Dois posts atrás falei um pouco do futuro, de como a tecnologia poderá interligar pessoas de um jeito muito eficiente, que é difícil de imaginar. Muitas das idéias de que falei soam muito utópicas, como a de que em breve será comum usar máquinas como extensões de nosso corpos, como a geração de uma consciência coletiva por causa da facilidade do acesso à informação, etc.
De certa forma, usar óculos ou colocar um iPod nas orelhas são um início rudimentar dessas idéias. Contudo, mesmo com esses argumentos, esse futuro ainda pareceu distante e irreal. E hoje eu trouxe mais um exemplo para dar mais emoção a essa história. =)

Todo ano ocorre a E3, Electronic Entertainment Expo, a maior feira comercial da indústria de games do mundo. Este ano, a Microsoft mostrou o funcionamento do mais novo dispositivo que integrará o Xbox 360, o Projeto Natal.

O dispositivo é ligado ao video-game e disposto de forma que possa "enxergar" o jogador. Então tudo que o jogador faz: desde sua imagem e movimentos até sua fala podem ser captados e interpretados pelo dispositivo. Isso pode gerar uma interatividade inédita na tecnologia, como o reconhecimento de emoções e atividades.

Milo, um simpático personagem de um dos games do Xbox 360, é quem estreou o dispositivo na E3. Look by youself:


O nome Projeto Natal, é uma homenagem a cidade brasileira Natal. Natal em latim que dizer nascimento. Nascimento de uma coisa muito interessante por sinal.

=)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Webdesign: A Oitava Arte

Criar websites é uma tarefa complexa. Juntar recursos, usabilidade e beleza é um técnica que todo bom webdesigner deve saber. Trabalhando um pouco nesse meio, descobri o design na sua mais nova forma: webdesign.

Criar uma aparência bonita para uma página de internet é trabalho para um artista. Porém, sua arte não será apenas apreciada, mas usada, rolada pra cima e pra baixo, escreverão em cima dela e será cutucada indefindamente por cliques de mouse.

Cada curva bonita, acompanhada de efeitos com janelas que se movem, acendem luzes, cores que mudam, sons, vídeos e imagens que transbordam de cada mínimo detalhe deve ser cuidadosamente calculados para que tudo ocorra como o desejado. E somado a isso, a página deve ser leve e que não demore para abrir tempo suficiente para que o usuário se irrite e deixe o site.

O blog da CrazyLeaf Design elege todo ano os 40 designs mais bonitos. Confira alguns dos eleitos em 2008, abaixo.


http://satsu.co.uk/


http://www.pixelcriminals.com/

http://www.ernesthemingwaycollection.com/

http://great-design.blogspot.com/

http://www.noedesign.com/

Aqui você pode conferir a lista completa.

A ferramenta padrão para dar design e arquitetura a uma página chama-se CSS, Cascade Stylesheet, ou Folha de Estilo em Cascata. Uma sequência de códigos CSS diz à página onde cada elemento ficará, quanto de espaço ocupará, qual cor, imagem, decoração mostrará e etc, independentemente do seu conteúdo.

Para perceber o que o CSS pode fazer vejamos este famoso site: css Zen Garden. Ele promove uma pequena competição para artistas da web. O site da css Zen Garden possui um determinado conteúdo, os artistas interessados mandam seus layouts no formato de CSS para o css Zen Garden. Os mais bonitos ganham um link na página. Navegue pelas opções de Select a design no css Zen Garden para alterar entre os layouts criados e perceba que a página é a mesma sempre, o que muda é apenas aparência criada pelos webdesigners.


http://www.csszengarden.com/

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Em ritmo exponencial, 1% é bastante"


A frase acima é do senhor Ray Kurzweil. Dita numa entrevista que li hoje de manhã a revista INFO Online. Na entrevista ele tocou em assuntos que me surpreenderam bastante, mas ainda assim soou um toque de "já vi isso antes".

Lá ele diz que em breve os computadores possuirão a capacidade de processamento do cérebro humano. Com a crescente velocidade do tráfego de informação, o conhecimento humano está cada vez mais acessível às pesssoas, isso cria uma capacidade de relacionamento inédita na humanidade: praticamente instantaneamente nos comunicamos com qualquer parte do mundo, de qualquer parte do mundo.

A internet é um espaço onde a verdadeira liberdade existe. Os limites são apenas técnicos, porque as idéias transportadas por qualquer mídia que circula pela internet atingem a todos. Percebemos isso apenas de ver que na crescente e poderosa China, a "Grande Muralha de fogo da China" que censura a internet, é simplesmente driblada por jovens hackers, mostrando que a rede é, por definição, livre.

Num futuro, com o crescimento exponencial da informática, como, cada vez mais, estamos sendo puxados para dentro da internet, nossos limites diminuem ao passo que as limitações técnicas são superadas. O relacionamento entre as pessoas ficando cada vez mais íntimo e a informação cada vez mais coletiva, tenderemos a uma Singularidade. Um ser com a personalidade de todos que o integra.

Por que idéia ma pareceu familiar? Muito da Cultura popular já previu o fenômeno: no mundo dos animés três exemplos: Ghost In The Shell, Serial Experiments Lain e Neon Genesis Evangelion explicitam essa idéia, os dois primeiros com idéias de redes muito similares à internet, o terceiro usa uma linda metáfora baseada na mitologia judaico-cristã. No cinema, o nada famoso Matrix, também mostra, de um lado sombrio, a Singularidade.

"As idéias parecem utópicas", como o sujeito disse na entrevista, mas não são. Estamos em por volta de 1% disso, basta olhar para nossos iPods e celulares, entrar no YouTube e redes de relacionamento pra sentir. Porém "em ritmo exponencial, 1% é bastante", o Kurzweil especula que em 2045 nossos corpos serão extensões das máquinas e vice-versa.

=)

sábado, 25 de julho de 2009

Confidence Trickster

Compensando um pouco a ausência com um excelente vídeo:



Um grande mestre que me mostrou. Não posso deixar de compartilhá-lo. Alguém poderia perguntar: o que esse assunto tem a ver com os dos últimos posts? O novo mundo da internet, e tudo mais? Tudo!

=)