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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Time Management

“Time Management is a misnomer. The challenge is to manage ourselves.”

A frase acima encontra-se no best-seller “Os 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes” do escritor Stephen Covey. Em português, seria algo do tipo:

“Gerênciar o tempo é um engano. O desafio mesmo é gerenciar a nós mesmos”

O desafio é fazer você se comportar do jeito que você planeja se comportar tal que isto lhe traga os resultados que você deseja na sua vida. Simples e complexo assim. Podemos, portanto, fazer a seguinte pergunta: “Por que nós não nos comportamos do jeito que queremos?”
Eu, por exemplo, planejo estudar para a prova. Quando chega na hora...enrolo um pouco...vejo os e-mails...converso com o pessoal...tento ver uns videos no YouTube... De repente o tempo passou e agora preciso, em meia hora, estudar o que estudaria em 2 horas, pois a prova já está chegando e não há mais tempo e há outras matérias para estudar e se eu não correr vou pegar recuperação e...!!!

Isto nunca mudou, apesar de saber que deveria mudar! Alguém se identificou!?

Existe atualmente um conceito sério e que tem causado muita discussão nos Estados Unidos, o qual quando tomei consciência fiquei de certa forma um pouco surpreso de enxergar como que funciona nossa vida.

Qual vocês acham que é a prioridade número 1 nas empresas de hoje em dia?

Acertou quem pensou na hipótese: eliminar distrações e interrupções. (ninguém pensou nesta hipótese xD!)
Uma coisa é certa. O mundo de hoje é completamente diferente do que era há 5 ou 6 anos atrás. E não foi preciso criar muita coisa para isso não. Bastou o celular e a internet...e pronto. Nós estamos em um novo mundo, completamente diferente do que era há apenas alguns anos.
Como isto afeta nossas vidas? Quantas vezes por dia você checa o e-mail? Quantas ligações recebe por dia? Quantos vídeos você assiste por dia? E notícias? No meu caso, provavelmente eu passava o dia no gmail, youtube, noticiários, MSN... Trabalhava um pouco e já recebia uma notificação de que havia novos e-mails na caixa de entrada. Parava de fazer meu trabalho e recebia e-mails ou assistia vídeos, MSN e etc.
O problema é, se nós trabalhamos com tantas distrações e interrupções, certamente não alcançaremos qualquer resultado desejado. Se você não consegue ficar focado em uma dada tarefa por um longo período de tempo, você acredita que pode conquistar seus objetivos? Já pensou se um médico fizesse cirurgias parando a cada 5 minutos para receber e-mails e ler mensagens no celular? Um pouco estranho! Já existe comprovação científica de que quem utiliza SmartPhone tem o QI reduzido em média 10 pontos!
É isso que fazemos quando paramos o tempo todo com distrações.

Existe um conceito do budismo conhecido como “Mind Monkey”, que diz um pouco sobre a natureza da mente humana. Veja se você se identifica: primeiro, surge um pequeno pensamento na cabeça, por exemplo, “o que vou fazer hoje?” De repente, surgem na sua mente algumas possibilidades, você mantém uma, por exemplo “sair com os amigos”, de repente surgem outras possibilidades, e você começa a imaginar o que fará. De repente, sem perceber, você já esta vivendo uma história criada dentro da sua cabeça, na qual você é o personagem principal, geralmente. Então, algum tempo depois, você volta ao mundo “real”, acorda dos pensamentos, e se pergunta: “caramba...onde eu estive todo esse tempo o.o!?”
David DeAngelo, empresário norte americano do qual peguei os dados para este post (do seu programa chamado “Man Transformation - Ultimate Time Management and Productivity”) chama isto de “The ButterFly Effect”. Um pequeno pensamento traz outros, que trazem outros, e de repente nós perdemos o controle. Vale lembrar que isto ocorre com emoções também. E é mais fácil ocorrer com emoções. Por exemplo, algo nos desperta irritação. Começamos a pensar em coisas que trazem irritação, como vingar-se de alguém ou de algo que aconteceu. Isto traz mais irritação e seus pensamentos pioram. Em pouco tempo o seu corpo já esta com alguns músculos tensionados sem que você perceba.

Tenho uma pergunta importante agora: você acha que controla sua mente?

Infelizmente, é uma ilusão acreditar que temos controle dela ou que um dia teremos total controle. Nem mesmo um mestre budista que passou a vida treinando consegue (pois se conseguisse ele teria que igualar sua mente a de um gorila nas montanhas). O que podemos fazer, no entanto, é observá-la sempre que possível, e direcionar nossas atitudes para onde queremos chegar, sempre que possível. Eckhart Tolle, escritor do livro “O Poder do Agora”, diz basicamente que podemos entrar em contato com o funcionamento da nossa mente voltando ao momento presente. Uma forma mais completa de entender isto é entendendo como o cérebro funciona. Temos dois hemisférios. O esquerdo é orientado em experiências e dados colhidos ao longo das nossas vidas. Trata-se de um cérebro probabilístico. O direito já é desorganizado e funciona como a “web”, liga informações aleatórias sem lógica alguma e chega a resultados aleatórios. É o hemisfério da criatividade, portanto, possibilístico. O esquerdo cria a noção de passado, o direito cria o futuro. O problema é que geralmente estamos no piloto automático (isto é conhecido como ego defense), e estar em piloto automático significa tanto que o cérebro esquerdo está oferecendo informações arquivadas (quando revivemos o “passado”) quanto o direito está criando histórias aleatórias e provavelmente criativas (“futuro”).
A idéia portanto é estar ciente do funcionamento do cérebro e observar esses padrões em nós mesmos. Se nós podemos observar isto, não nos perdemos mais nos dados do “passado” ou “futuro”, sobra “o presente” (só por curiosidade, às vezes quando voltamos ao presente sentimos uma sensação conhecida no budismo como “Satori”. É como se percebêssemos pela primeira vez que estamos vivos! É difícil descrevê-la pois surge apenas quando começamos a “treinar” a meditação. Com o tempo pode ainda ocorrer, mas é bem raro. A sensação é semelhante a quando bebemos muito e ficamos anestesiados e alegres, com a vantagem de não depender do álcool. Isto é basicamente parar de viver a vida no piloto automático o que é, em minha opinião, um desafio difícil.

Uma vez que começamos a entrar em contato com o funcionamento de nossa mente podemos começar a nos gerenciar melhor.
Ao voltar nossa mente ao momento “presente”, podemos finalmente perceber o novo mal deste novo mundo: nós somos viciados em distrações.
Nós somos interruption junkies, conforme DeAngelo diz. Observe tudo ao seu redor e principalmente celulares e a internet... e comprove por você mesmo. Orkut, Twitter, YouTube, MSN, Noticiários, E-mail, TV, filmes, DVDs, vídeo-games, jogos...
Nós somos viciados em distração. Talvez porque isto alivia a ansiedade e neste novo mundo, ficar livre da ansiedade é um pouco difícil, pois há stress vindo de muitas fontes. Uma vez que o “stress” não vai deixar de existir tão cedo, a idéia agora é escolher cada vez menos nos anestesiarmos com distrações e procurarmos focar no que estamos fazendo. A idéia portanto é começar a evitar fontes de distração e interrupção! Num post futuro descreverei algumas “dicas” dadas por David Deangelo.

Pode surgir uma pergunta portanto: o que ganhamos com isto? O que ganhamos ao evitar distração?
Há uma frase de Leonardo da Vinci, um dos maiores gênios da nossa história, que é:

“Once you have tasted flight, you will forever walk the Earth with your eyes turned skyward, for there you have been, and there you will always long to return”

Em português, algo do tipo:

"Uma vez que você prove o vôo, nunca mais você caminhará sobre a terra sem olhar para os céus, pois você já esteve lá, e para lá sua alma deseja voltar".

Certamente Leonardo não fala sobre vôos e há muitas formas de se interpretar a frase. Mas, o que Leonardo provavelmente quis dizer foi sobre a habilidade de observar o “ego”. Pode soar estranho, mas a única forma que um ser humano tem de se desenvolver é através desta habilidade de “observar sua mente”, pois não há como aprender lições de forma eficiente estando em piloto automático. Com esta habilidade de se observar, ambas as extremidades do cérebro ganham recursos para controle e uso de “dados”.
 Um Idiot Savant apesar de “gênio”, não tem esta habilidade de estar acima dos pensamentos, logo sua genialidade não serve para nada. Eles têm algoritmos para resolução ou arquivamento de dados, mas não conseguem criar novos algoritmos para resolução de novos problemas. (no caso, “dados” são as informações que guardamos na memória)
Leonardo diz sobre a habilidade de estar acima de seus pensamentos. É neste ponto que nós temos acesso as nossas escolhas, portanto é neste ponto que estamos vivos. E...se conseguimos ficar neste ponto por um certo período de tempo, entramos no que Daniel Goleman descreve no seu livro “Inteligência Emocional” como Flow (literalmente, estar em “fluxo”). Existem mais duas propriedades que são ativadas pelo cérebro: Zone e Enjoyment. É bastante difícil explicar estas 3 propriedades, mas provavelmente nós já passamos por isto em algum momento antes de sermos apresentados a TV (peguei pesado!? xD). É quando nós estamos tão concentrados em uma tarefa que começamos a sentir uma “conexão” com o que estamos fazendo. Geralmente ocorre quando estamos fazendo algo que gostamos muito. Sentimos um prazer que é expresso em nosso corpo (zone), nossa mente (flow) e no cérebro emotivo (enjoyment) e não pensamos em mais nada a não ser no que estamos fazendo. Nos tornamos um só com nosso trabalho, e isto se torna uma poderosa fonte de prazer. Existem músicos que quando tocam parecem que estão em outra dimensão. Basicamente este é o estado descrito. Portanto, existe uma troca quando eliminamos distração, que pode ser resumida como:

“Quanto menos distração, mais acesso à vida.”

Dr. Paul fez um experimento curioso relatado no seminário “The Seventh Sense” (o sexto sentido é o da intuição, que é adquirido por pessoas com elevada habilidade de observar o ego que durante anos coletaram experiência de vida e os resultados de suas escolhas. Com isto, o cérebro é capaz de, dada uma situação qualquer, saber qual é a escolha certa a ser feita no ambiente e o que irá acontecer. O sétimo sentido é quando o cérebro humano tem dados suficientes para ler a “alma” de uma pessoa. Uma espécie de “Sherlock Holmes” da mente humana!) que consistia no seguinte: durante uma semana os voluntários não fariam escolha alguma. Alguma mesmo. Nem o que comer eles podiam escolher, ou quando beber e ir ao banheiro. Tudo era “escolhido” por outra pessoa. E no fim da semana, fizeram o contrário, eles eram obrigados a fazer todas as escolhas, difíceis ou não, boas ou não, legais ou não. O resultado é curioso: na primeira semana, os voluntários entraram em depressão e todos relataram que “não se sentiam vivos”. Já no fim da segunda semana, todos estavam felizes, evidentemente responderam que “sentiam-se vivos como nunca antes!”
Se você se sente com pouca vida, é porque está sendo passivo na sua habilidade de fazer escolhas (o processo de fazer escolhas é muito complexo de se entender, Steven Pinker, neurocientista britânico, afirma que faltam séculos para chegarmos lá! Cada escolha que fazemos consome energia, portanto, quanto mais escolhas ao longo do dia, piores serão as escolhas no final do dia!)

Portanto, o que ganhamos distraindo-nos o tempo todo é uma espécie de “Atrofia Psicológica” de acordo com os psicanalistas. A neurociência chama este processo de “Morte Lenta”. Diga-se de passagem, nos últimos livros de neurociência que li, a mensagem é sempre a mesma: saia da zona de conforto. O cérebro precisa ser apresentado a novas informações e novos ambientes sempre, senão passa por esse processo de “atrofia”. Se nós vivermos no piloto automático e não conseguirmos vencer a preguiça que o próprio cérebro cria, não evoluímos. O resultado nós podemos observar em alguns adultos que ainda parecem ser crianças. De fato, é muito possível haver uma criança vivendo dentro de um corpo de adulto.

Se quisermos mudar isto, a idéia é justamente restaurar nossa habilidade de nos observar e controlar nossas escolhas. É com esta atitude que podemos mudar!

Sobra-nos agora a pergunta: como mudar? Veremos, no próximo post xD!

 .

sábado, 7 de novembro de 2009

Comunicação que Liberta, Comunicação que Aprisiona

Estive um tempo viajando, fora do país. Levei meu laptop para manter um pouco de contato com a terra de origem, mandar uns e-mails, descarregar as fotos da câmera e colocá-las online o mais rápido possível. Porém, não encontrei muito tempo para ficar procurando redes Wireless por lá e também nem me interessava muito perder tempo com essas coisas, então fiquei 11 dias praticamente sem internet. Levei também meu celular, mas minha operadora me cobraria um valor que eu não estava disposto a pagar para ter benefícios internacionais, então ele ficou como mp3 player mesmo...

Não me dei grande falta destes dispositivos por esse tempo. E ainda relembrei como usar um telefone público.

Porém, quando voltei pra casa... caixa de entrada lotada, milhares de fotos para serem organizadas, mostradas, N mensagens no celular, etc. Pensei em algumas coisas que me chamaram a atenção:

De fato, esses dispositivos não fizeram muita falta, enquanto estive apenas me divertindo. Foi até bom estar "inacessível" por um tempo. Contudo, quando cheguei e tive de por em dia essas inúmeras como e-mail e SMSs, me dei conta de que não há como fugir de estar conectado. Isso é óbvio para qualquer executivo! Mas eu não sou nenhum pouco executivo, e senti uma diferença drástica no meu modo de vida num intervalo de tempo de apenas 1 semana e meia.

Somos requisitados o tempo todo de viver em redes digitais. E-mails para o contato mais formal, twitts e scraps para chamar os amigos pra sair no fds ou comentar a partida de futebol da semana. Ou até aquela mensagenzinha de celular mandada na inevitável ida ao banheiro.

Poderíamos simplesmente recusar tudo isso!

Mas acredito que seria como um míope se recusar a usar óculos... É possível viver!

Imagine só um grupo de amigos da década de 70, quantas frases eles deveriam ter trocado entre si num intervalo de 10 anos, somando todos os meios de comunicação disponíveis?

Agora, outro grupo de amigos na década de 2000...? Quantas idéias e discussões a mais foram trocadas entre eles com relação ao grupo anterior? As relações com certeza ficaram muito mais rápidas e, consequentemente, mais profundas...

Acredito eu, podemos tirar proveito imenso dessa rapidez e praticidade. Ser pessoas mais pessoais, presentes e humanas. O que muitos estranham é a qualidade da informação trocada por esses meios... Os meios facilitam, mas não são eles que geram a informação: são as pessoas.

E pessoas não se consertam com tecnologia.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Visão do Futuro pela Microsoft

Fiquei fora por um tempo, viajando por lugares interessantes. Ando muito ocupado recuperando o tempo "perdido" na faculdade por causa da viagem, por isso os posts aqui andam escassos. Pretendo retomar a produção o mais breve possível.

Enquanto isso deixo aqui mais algumas coisas interessantes.

Já comentei anteriormente que estamos em tempos exponenciais, que é difícil até de acompanhar as mudanças e novidades que surgem por aí. Apresentei o Milo, o rapaz feito de algoritmos da Microsoft, que interage com as pessoas.

Novamente, a Microsoft anda - como eu - empolgada nesse assunto. Recentemente ela publicou um vídeo de como pode ser o futuro em 2019. Pra quem não viu, valeu muito a pena ver:


É uma especulação, difícil de afirmar, pelo menos é lindo filme! Porém, nem tudo nesse vídeo é completa ficção, a Microsoft já tem na manga o começo do fim do teclado: Surface Computing:


Estou ansioso para 2019!

=)


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Hello Milo!

Dois posts atrás falei um pouco do futuro, de como a tecnologia poderá interligar pessoas de um jeito muito eficiente, que é difícil de imaginar. Muitas das idéias de que falei soam muito utópicas, como a de que em breve será comum usar máquinas como extensões de nosso corpos, como a geração de uma consciência coletiva por causa da facilidade do acesso à informação, etc.
De certa forma, usar óculos ou colocar um iPod nas orelhas são um início rudimentar dessas idéias. Contudo, mesmo com esses argumentos, esse futuro ainda pareceu distante e irreal. E hoje eu trouxe mais um exemplo para dar mais emoção a essa história. =)

Todo ano ocorre a E3, Electronic Entertainment Expo, a maior feira comercial da indústria de games do mundo. Este ano, a Microsoft mostrou o funcionamento do mais novo dispositivo que integrará o Xbox 360, o Projeto Natal.

O dispositivo é ligado ao video-game e disposto de forma que possa "enxergar" o jogador. Então tudo que o jogador faz: desde sua imagem e movimentos até sua fala podem ser captados e interpretados pelo dispositivo. Isso pode gerar uma interatividade inédita na tecnologia, como o reconhecimento de emoções e atividades.

Milo, um simpático personagem de um dos games do Xbox 360, é quem estreou o dispositivo na E3. Look by youself:


O nome Projeto Natal, é uma homenagem a cidade brasileira Natal. Natal em latim que dizer nascimento. Nascimento de uma coisa muito interessante por sinal.

=)

terça-feira, 28 de julho de 2009

"Em ritmo exponencial, 1% é bastante"


A frase acima é do senhor Ray Kurzweil. Dita numa entrevista que li hoje de manhã a revista INFO Online. Na entrevista ele tocou em assuntos que me surpreenderam bastante, mas ainda assim soou um toque de "já vi isso antes".

Lá ele diz que em breve os computadores possuirão a capacidade de processamento do cérebro humano. Com a crescente velocidade do tráfego de informação, o conhecimento humano está cada vez mais acessível às pesssoas, isso cria uma capacidade de relacionamento inédita na humanidade: praticamente instantaneamente nos comunicamos com qualquer parte do mundo, de qualquer parte do mundo.

A internet é um espaço onde a verdadeira liberdade existe. Os limites são apenas técnicos, porque as idéias transportadas por qualquer mídia que circula pela internet atingem a todos. Percebemos isso apenas de ver que na crescente e poderosa China, a "Grande Muralha de fogo da China" que censura a internet, é simplesmente driblada por jovens hackers, mostrando que a rede é, por definição, livre.

Num futuro, com o crescimento exponencial da informática, como, cada vez mais, estamos sendo puxados para dentro da internet, nossos limites diminuem ao passo que as limitações técnicas são superadas. O relacionamento entre as pessoas ficando cada vez mais íntimo e a informação cada vez mais coletiva, tenderemos a uma Singularidade. Um ser com a personalidade de todos que o integra.

Por que idéia ma pareceu familiar? Muito da Cultura popular já previu o fenômeno: no mundo dos animés três exemplos: Ghost In The Shell, Serial Experiments Lain e Neon Genesis Evangelion explicitam essa idéia, os dois primeiros com idéias de redes muito similares à internet, o terceiro usa uma linda metáfora baseada na mitologia judaico-cristã. No cinema, o nada famoso Matrix, também mostra, de um lado sombrio, a Singularidade.

"As idéias parecem utópicas", como o sujeito disse na entrevista, mas não são. Estamos em por volta de 1% disso, basta olhar para nossos iPods e celulares, entrar no YouTube e redes de relacionamento pra sentir. Porém "em ritmo exponencial, 1% é bastante", o Kurzweil especula que em 2045 nossos corpos serão extensões das máquinas e vice-versa.

=)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Futuro dos Negócios: $0,00



No post passado, ao analisar os jovens milionários da web, no final, especulei características dos modelos de negócios que eles adotaram em comum. Uma delas foi: "todos começaram oferecendo serviços gratuitos alimentados pelos próprios usuários". Dois dias depois, Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired e autor do livro "The Long Tail", lançou seu segundo livro, Free: The Future of a Radical Price (ou Grátis: O futuro de um preço radical).

Chris Anderson afirma que é possível ganhar dinheiro oferencedo coisas grátis! Empresas como o Google cuja base são serviços gratuitos, hoje valem montanhas de capital. Chris estudou tendencias econômicas, psicologia e as tecnologias para responder à pergunta: o que faz coisas grátis gerarem dinheiro?

De fato, "não é cobrar nada que gera dinheiro. Mas cobrar por coisas, em volta daquelas que custam nada, o suficiente para que se possa gerar uma economia" diz Chris. Muitos artistas e gravadoras musicais disponibilizam parte do próprio material na internet gratuitamente e com isso fazem aumentar as vendas. Vemos que há nas pessoas uma tendência para as coisas grátis, especialmente quando se tratam de serviços e produtos de qualidade.

Mr. Anderson disponibilizou seu livro gratuitamente online no formato de e-book e de audio book narrado pelo próprio autor. E para compra nas livrarias. Ou seja, se o livro não gerar as receitas esperadas, será enforcado pelo fracasso da própria teoria, se for um sucesso financeiro, o dinheiro fará jus a sua qualidade.

Para quem está afiado no inglês: O vídeo acima da revista Wired mostra Chris Anderson explicando a própria teoria que originou o livro. Pra quem se interessar mais, este link aqui leva até o e-book para ser lido na íntegra ou para baixar seu formato de audio.

Uhm... eu apostaria que ele está certo.

=)

domingo, 5 de julho de 2009

O Mundo é dos jovens (nerds)

Todo jovem saudável uma hora pensa: "o que vou fazer para me sustentar?". Imagino que o desejo da maioria seja trabalhar com algo legal, que gere um bom dinheiro e que seja útil para o mundo.

Sem pensar nisso, Mark Zuckerberg, que por volta de 2004 estava nos seus 20, estava desenvolvendo um incipiente projeto que se baseava numa rede de relacionamentos pela internet da faculdade que frequentava. Primeiro juntou os amigos. Em pouco tempo, grande parte da faculdade usava sua rede para mandar mensagens e postar informações.

Hoje, no auge dos 25 anos de idade, Mark, está na posição #785 da lista dos bilionários do mundos, com patrimônio estimado de US$ 1,5 bilhões. Como fundador e CEO do Facebook, Mark com certeza não planejou ficar rico tão cedo.

Assim como Mark, outros jovens apostaram na internet e saíram com dividendos muito maiores do que o imaginado. Aí vai uma pequena lista de gurus da internet, com seus nomes, idades, respectivas criações e quanto elas valem agora ou valeram em algum momento:

E, claro, os mestres Yoda da era da informação:
  • Larry Page e Sergey Brin, respectivamente 36 e 35 anos, fundadores do Google, que vale no mercado financeiro, atualmente, mais de US$ 150 bilhões.
Todo dia eu ainda me pergunto: o que eles têm em comum? Alto Q.I.? Feeling? Fizeram boas faculdades? Sorte?

E uma resposta, conclusiva ou não, me vem: todos começaram oferencendo serviços gratuitos alimentados pelos próprios usuários. Mergulharam de cabeça na nuvem e mudaram os hábitos de vida do mundo. Alguém aí tem mais uma idéia?

=)

sábado, 27 de junho de 2009

WhoTubes?

Muita coisa aconteceu nesse tempo e eu aqui sem dar satisfação nem consideração a quem pedi visita! Guerra no campus da universidade, greve, gripe suína, descoberta da graça do Twitter, morte de astro da música, provas finais. Tudo isso tomou tempo que sobraria para minor considerations.

Mas o que me intriga de verdade é: qual é a do YouTube? Li semana passada na Info ONLINE que "o prejuízo operacional do YouTube neste ano chegará a 174.2 milhões de dólares"! Como todo viciado em internet, eu gostaria muito de criar meu próprio serviço da web e ganhar muito dinheiro com isso! Todos sabem que YouTube foi uma sacada genial a qual Chad Hurley vendeu o site pro Google, ficou milhonário e o Google agora tem o maior acervo de vídeos da internet e uma dívida colossal. Lógico, ter zilhões de bytes em vídeos deve valer muito. Mas o que ninguém ainda sabe direito é como o Google vai fazer dinheiro com o YouTube. Eu também não faço idéia.

Se eu fizesse, eu estaria trabalhando nisso agora.



Descobri numa entrevista com um professor da Poli que existe já uma idéia que chamam de Web 3.0. É, basicamente, a junção da a atual Web 2.0 (redes de relacionamento, compartilhamento de informações, wiki, etc) com a Web semântica (o relacionamento das informações da Web dando significados mais profundos e conexos entre eles) e a remuneração das pessoas geradoras de informação. Isso quer dizer mais ou menos o seguinte: se o Google descobrir como ganhar dinheiro com o YouTube as pessoas que mandam seus vídeos também deveriam ganhar uma parecela disso. Ou o Google já sabe no que idéia vai dar e não quer contar pra ninguém ou eles estão apostando realmente alto.

O mundo está sendo sugado pra dentro da internet. Isso é fato. Só quero estar preparado pra sobreviver e fazer meu conhecimento valer algum dinheiro quando isso for for real!

=)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

So what does it all mean?



Assisti a uma palestra hoje e mostraram esse vídeo. Já está desatualizado, mas ainda valem as idéias! Aproveite!

=)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A estatística das interpretações

Um rapaz chega do trabalho, um pouco mais tarde que o normal, em casa. Cansado, joga o casaco num canto e liga o notebook, já aberto, em cima da mesa. O silêncio tingido pelas nuances azuis da tela de LCD, no quarto vazio, dá esperanças, de que no e-mail que tem a checar, chegarem notícias que o salvarão do tédio:

Que seja preenchida com seu nome a vaga na empresa em que recentemente mandou currículo e sempre sonhou fazer parte. De que aquela ex-namorada de que se arrependeu ter terminado finalmente, depois de muito tempo, respondesse a última mensagem deixada. De que chegasse o dia em que aquele amigo da infância que sumiu - e era o único que o entendia - e perdeu todos os contatos, descobrisse por acaso seu endereço eletrônico e entrasse em contato. De que a garota que conheceu no fim de semana, não tenha deletado do celular o e-mail que anotou e desse um sinal de que ele não foi tão desinteressante quanto pareceu... De que um estranho interessante qualquer surgisse do nada e fizesse um pouco de entretenimento no meio do poço de banalidade!

Nenhuma mensagem não lida.

Por quê?!... Vamos googlar: tédio. Estou com sorte. Isso não pode estar acontecendo comigo, há dias não recebo mensagens!


"O tédio é um sentimento humano, um estado de falta de estímulo, ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc."

Sábia Wikipedia! É exatamente isso que eu sinto! Vamos continuar lendo:

"O tédio caracteriza-se por uma sensação de tristeza, vazio, solidão e/ou falta de interatividade quando o espectro de ações que um indivíduo realiza é muito limitada dentro de sua rotina."

E o que será que ela diz sobre indivíduo?

"Em metafísica e estatística, a palavra indivíduo habitualmente descreve qualquer coisa numericamente singular, embora por vezes se refira especificamente a "uma pessoa". Usada em muitos contextos, tanto "Sócrates" como "a Lua" são indivíduos. Em geral, "uva" e "vermelhidão" não são."

Então, isso quer dizer que o tédio é algo inerente a um indivíduo (singular, e obviamente, sozinho) quando este está preso a uma rotina e sente falta de algo que o faça identificar a si próprio, seja por uma ação e/ou uma pessoa? Uhm... me parece plausível! E o que isso tem a ver com estatística? Click.

"[A estatística] Tem por objetivo obter, organizar e analisar dados estatísticos, a fim de descrever e explicá-los, além de determinar possíveis correlações e nexos-causais. Em outras palavras, a estatística procura modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão de fenômenos futuros, conforme o caso."

Muito bem. Agora isso, então, quer dizer que meu tédio decorre do fato de eu estar preso a uma rotina e com carência de estímulos? E estar sujeito a isso por ser um indivíduo. E, como indivíduo, o que acontece comigo, simplesmente decorre de eventos correlacionados que podem ser previstos se estudados...? holyman!

Logo, como todos os indivíduos são partes de eventos aleatórios, incertos e passíveis de previsão, tudo que acontece comigo, como indivíduo, é passível de se tornar rotina. Portanto, todos os eventos que ocorrem com indivíduos fazem estes tender ao tédio...

Oh no!   O_o'



...acho melhor voltar e clicar em metafísica ao invés de estatística...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Obamaaa! Me adiciona?

Andando um dia desses pelo Facebook achei uma pessoa interessante: Barack Obama! Pensei em adicioná-lo - pois é um rapaz simpático pra caramba - mas quando dei uma lida no perfil achei graça, reparei em coisas do tipo:

Detailed info
Favorite TV programmes: Sportscenter

Professional information
Function: President Of The United States
Duration: January 2009 until today

Por que o Barack Obama teria um facebook? De primeira impressão é um idéia meio sem sentido, deve ser fake, ele assiste Sportscenter. E por falar em President Of The United States, por simples curiosidade, resolvi ir até o site oficial do cidadão. Surpreendi-me ao ver um link para o mesmo perfil em que eu havia xeretado. De fato não era fake! Mais ainda: passando por lá você encontra links para outros perfis de sites de relacionamento como o Twitter e o MySpace.

Pensando bem, por que eu deveria me surpreender com essas coisas? Sem dúvidas se eu tivesse nascido depois dos Orkuts da vida, isso seria um fato equivalente a dizer "tenho CPF". Sabendo que aquele era deveras o perfil de Barack Obama, meus olhos viram com mais sutileza e proximidade uma pessoa que se eu encontrasse, por acaso, na rua, com certeza, seria traduzido um sentimento de superioridade e engrandecimento (mas não, ele assiste Sportscenter!!!). Sem entrar no mérito de o Sr. Obama ser bom/mau presidente, sim(anti)pático ou não, ele é levemente influente no mundo, sim? Ainda assim, ele é uma pessoa como outra qualquer, e do Novo Mundo, facebook, MySpace, natural oras!

Antes era moda falar que os relacionamentos internéticos distanciava as pessoas. Há quem defendesse o contrário, mas no fim era questão de opinião. Agora experimente clicar no segundo link deste post, tendo lido o que leu até aqui, e diga se você não sentiu algo no mínimo semelhante ao que descrevi...

Poderia ainda, vir um do-contra e dizer: Ele é político! Tudo isso é uma jogada de marketing para divulgar quem ele é! Inteligentíssimo! Se você pensou nisso e tem um perfil em site de relacionamento: tchanâm, você também faz marketing pessoal =) ! A diferença é que se ele mentir sobre quem ele é no facebook todo mundo vai saber. Por mais que alguém diga que isso é demagogia, não dá pra negar que ele realmente acredita que esse é um meio de comunicação viável e funcional.

A vida é um caso particular da internet. Será que num futuro, ter na sua lista de sites favoritos: Facebook, Orkut, Twitter, YouTube, Vida, a vida será apenas mais uma opção? Haha, que utopia... tomara!

...mais uma coisa: John McCain também tem perfil no facebook. Com muito menos informação que o do Obama, e de atividade muito menor (mesmo considerando as atualizações de antes da eleição do ano passado). Será que o fato 'Obama ganhou a eleição, McCain perdeu a eleição' tem alguma relação com isso? É... é otimistamente tentador arriscar... McCain não assiste Sportscenter =)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Considerações Secundárias

O mundo está acabando. Está sim: a poluição aumenta, a crise aumenta, as mortes aumentam, a população aumenta, a corrupção aumenta, o desrespeito aumenta e a água limpa diminui. As armas de guerra ficam mais potentes, a ignorância agora acessa a alta tecnologia para se espalhar desenfreadamente por aí - ou talvez, no mínimo, para ficar mais evidente.

Em questão de uma ou duas décadas - talvez menos - o mundo que conhecemos estará completamente extinto!!! Quem será o culpado? A tecnologia? Por construir muitos carros, extrair muito petróleo e vender muitos prédios?... Antes de arriscar responder a essa pergunta, farei algumas considerações secundárias: 
  • Com o avanço tecnológico foi necessário gerar mais energia (até este presente momento, isso é quase equivalente a dizer: poluir mais);
  • Até agora, sempre se precisou de cada vez mais energia;
  • O avanço da tecnologia consolidou o capitalismo (e vice-versa), este que, por sua vez, coloca o dinheiro em primeiro plano nas sociedades e demanda e cria mais tecnologia que demanda e cria mais energia ... (loop)
Bastando essas considerações chegamos à seguinte afirmação:

Avanço tecnológico => Mundo cada vez mais próximo do fim

Muito bem... o mundo vai acabar! Não há nada que você possa fazer. Mas essa ainda não é a resposta para a pergunta anterior...

Hoje, agora, exatamente nesse momento, você aí, estamos todos num momento de transição (assim como todos os momentos do universo, com exceção do primeiro e do último). O mundo está acabando lá fora e aqui a tecnologia se torna nossa casa. Algo velho deixa de existir para dar espaço ao digital, virtual, biotecnológico. Não temos opção: já estamos nesse espaço, quem preferir se negar a ele ficará com o mundo que está morrendo. Aqui, para ingressar nesse novo espaço, são pré-requisitos obrigatórios: se relacionar bem com as pessoas indistintamente, abraçar todo conhecimento indistintamente, gerar energia limpa, não guerrear, buscar a eliminação do ego.

Assim, vê-se que a tecnologia não é um mal ou um bem que vem para eliminar ou salvar a humanidade, mas uma consequência inevitável da evolução social do Homo sapiens. Isso sugere uma resposta para a pergunta acima. Actore non probante, reus absolvitur.
 
Sabe, quando se diz que o brasileiro - aaeeeee - sempre deixa pra estudar 5min antes da prova? O que vai sepultar esse planetinha é exatamente isso, o mundo inteiro dando de brasileiro. Só que ao invés de estudo, é preocupação ambiental e social... vamos ver então, se esses 5min serão suficientes para reverter o tempo gasto na preocupação exclusivamente econômica, para ser aprovado na prova de sobrevivência de espécie.

Os 5min é o que estamos vivendo agora, o novo espaço já existe. O propósito dos textos que circularão por aqui é fazer exatamente este tipo de considerações secundárias (que são apenas uma ínfima parte de quase-infinito), jogar na cara de quem estiver lendo - claro, com a maior das cordialidades - o óbvio da nova realidade que estamos vivendo. Assim:

Esse é o nosso destino, se você está lendo até aqui, já faz parte dele. Isso é um pouco do Novo Mundo, e aqui, faremos o tempo todo Considerações Secundárias para nos acostumarmos à atmosfera do novo lar. Agora pegue um café (um suco, um copo d'água, uma cerveja ou qualquer outra coisa que dê prazer de ingerir - dê preferência as de baixa caloria), acomode-se na cadeira e seja bem-vindo a mais esse humilde templo da tecnologia.

=)